sábado, 25 de dezembro de 2010

2010... Uma Odisséia de Mentiras

É mentira que o Flamengo de 1987 foi campeão brasileiro, minha gente. Aquele time liderado por Zico e nada menos que cinco titulares absolutos da seleção que nos daria o tetracampeonato de futebol nos EUA em 1994 não disputou e ganhou um campeonato nacional.

Jorginho, Leonardo, Aldair, Zinho e Bebeto mais Andrade e Renato Gaúcho não venceram o primeiro campeão brasileiro, Atlético-MG, em duas memoráveis batalhas de uma semi-final épica; e o tri-campeão nacional, Internacional-RS, em dois belíssimos jogos apesar dos placares apertados.

A "verdade" é que o Palmeiras foi bi-campeão nacional a exatos 20 anos antes da disputa da Copa-União. Também é verdade que, Santos e Botafogo sagraram-se campeões nacionais jogando competições que ocorreram no mesmo ano (1967).

Agora, vocês imaginam de onde tirei estas conclusões? Eu lhes respondo meus caros: Foi a CBF que "disse"! Sério!... Foi a CBF que disse!
E se a CBF disse, tá dito.
Não interessa se vimos o Bebeto chegar na bola antes do Taffarel e empurrar a bola para as redes coloradas por baixo do goleiro sulista que quase evita o gol do título.

Mas o que são as lembranças de um quase exaurido Renato Gaúcho calando um Mineirão lotado de atleticanos após uma úlima arrancada tirada do âmago do mais puro espírito rubro-negro e driblar o goleiro João Leite ante o sacro-santo selo de nossa Confederação "Brasileira" "de Futebol"?

O que falar então daquele gol de falta de nosso Galinho contra o Santa Cruz em que a bola fez uma parábola antes de entrar no ângulo direito do goleiro Rafael?

As aspas que destacam as palavras "Brasileira" estão aí pra ironizar mesmo o adjetivo pátrio usado para nomear esta instituição que a cada dia se revela mais nefasta e menos brasileira. E a ironia ao termo "de Futebol" dá-se ao fato de que a CBF trata de tudo menos de futebol. Pois o Esporte Bretão a cada ano se torna menos primordial para esta instituição que apesar de não ter fins lucrativos atua cada vez mais como um grande e bem sucedido balcão de negócios.

Há quem diga que esta pataquada toda na forma de uma farra de títulos é na verdade mais um ardil do senhor Richard Tex para nublar os olhos do grande público para mais uma investigação sobre os contratos da CBF relacionados a realização do mundial de 2014.

Não bastasse toda esta onda de acintes e cinismo por parte da nave mãe de nosso futebol, o presidente da mesma sugeriu à diretoria do CRF que fosse à justiça comum em busca do reconhecimento do título de 1987. A presidente do Flamengo, por sua vez, promete lutar até o fim para que este título também seja homologado.

Pessoalmente, considero desnecessário tentar provar o que todos nascidos a partir da metade da década de 1970 tiveram a oportunidade de ver com seus próprios olhos. Entretanto, esta pode ser sim uma ótima oportunidade para reparar a afronta da CBF à maior torcida do planeta, e forçando seja lá de que forma for o reconhecimento do título de 87, e mais ainda, a garantia de participação na Copa Libertadores como forma de compensação à vaga que foi tirada do Mengão em 1988 quando este tinha quem sabe o segundo melhor time da história flamenga e portanto grandes chances de conquista do bi-campeonato da américa.

Aí há quem possa pensar que exigir uma vaga na libertadores a título de retratação seria um absurdo. Mas absurdo por absurdo, o que seria este pagamento por parte da CBF comparada ao disparate da FARRA DOS TÍTULOS deste ano?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Uma mentira contada mil vezes... Anida é uma mentira!!!!

De antemão parabenizo a todos os tricolores, das laranjeiras e de todo o brasil, pela bela campanha e pelo tíbulo nacional deste ano. Em especial a um monstro sagrado da MPB que eu imaginava ser rubro-negro, Gilberto Gil, que em um de seus maiores sucessos deu um grande abraço à torcida mais maltratada de 2010.
Mas o que me motiva mesmo a escrever este post é a disfarçatez e o cinismo com que a imprensa especializada, muitos dirigentes de clubes e outras tantas torcidas encaram alguns fatos.
O último grande exemplo disto é a bravata da torcida tricolor que se auto-intitulou TRI-Campeã em função de um título conquistado em 1970. Ao que me consta, o primeiro vecedor do campeonato brasileiro foi o Atlético-MG no ano em que este foi instituído em 1971. Mas os torcedores do Fluminense, preferem esquecer que sequer se qualificaram para a disputa da primeira divisão do brasileirão, e lembrar de um longínquo e obscuro título que atualmente batizaram de campeonato nacional. Memória seletiva é isto, não é?
Outro tri-color, porque não dizer tri-sexual, que se vale deste artifício maroto é o paulista, que pegou carona na onda de cinismo dos veículos de mídia bairristas e da falta de ombridade da CBF para se declarar o primeiro penta-campeão nacional. Os atuais dirigentes do SPFC que tanto se orgulham da credibilidade da instituição por eles comandada posando de bastiões da moral e dos bons constumes neste meio tão pitoresco que é o "futebol profissional" ignorando todavia que o presidente do clube dos treze à época em que o Flamengo sagrou-se TETRA-CAMPEÃO brasileiro era o senhor Carlos Miguel Aidar então presidente do São Paulo.
O Palmeiras também vem apoiando esta corrente arqueológica para juntamente com o Santos ostentarem os títulos de octa-campeões nacionais.
E o que dizer do Sport Club Corinthians Paulista que se consagrou campeão mundial após ter disputado uma competição para a qual não se qualificou dentro de campo? Isto sem considerar o fato de que este mesmo campeonato foi organizado pela então parceira do Corinthians, e que talvez por isto estaria dando um tiro no pé se seguisse as convenções e critérios usuais para selecionar os participantes do torneio e colocassem o Palmeiras, maior rival do Corinthians e campeão da edição anterior da Libertadores.
Parece inclusive que a reivindicação dos Paulistas, Santos e Palmeiras, será mesmo atentida e até o fim do mês estes poderão ser declarados octa-campeões brasileiros depois de receberem tal selo da CBF que parece se tornar uma instituição idônea e sacro-santa quando esta atende a seus interesses.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Um ano para esquecer?

Finalmente "nos asseguramos" na "elite" do futebol brasileiro no ano de 2011, e perto do fim do ano de 2010 o que mais escuto, vejo e leio por aí é que este ano é um daqueles para serem esquecidos pela Nação Rubro-Negra.
Respeito a opinião de quem concorda com esta postura, apesar de ser radicalmente contrário à mesma.
E motivos não nos faltam para não esquecer este ano pavoroso pelo qual a instituição mais amada do futebol brasileiro passou. Pois neste período o que testemunhamos foi um festival de amadorismo, prepotência, ignorância e falta de comprometimento com o maior patrimônio que o CRF possui.
Abaixo relacionaremos os motivos para jamais esquecermos 2010 e sim tirarmos valiosas lições dele:
1 - A eleição da nossa presidente(a) inicialmente serviu para chamar a atenção da mídia que prontamente vendeu este fato como uma mudança de filosofia e rompimento com o modelo anterior de gestão. Mas o que se viu com o passar dos meses foi o mais do mesmo.
2 - A omissão, motivada por sabe-se lá qual a intenção, da presidente(a) eleita no que diz respeito ao acordo articulado pela diretoria anterior, o ministério dos esportes brasileiro e o governo chinês para um repasse de "módicos" 27 milhões de reais para a conclusão das obras do C.T. em contrapartida de um intercâmbio técnico entre o Flamengo e o governo do país asiático.
3 - A hesitação em formar uma equipe técnica de qualidade afim de economizar com a contratação de profissionais mais experientes. Haja vista a substituição do inexperiente Andrade pelo aspirante a técnico inexperiente Rogério Loureço, a contratação de Silas e até mesmo a demissão de Marcos Braz quando este estava em pleno exercício de reformulação do elenco e de renovação de contratos sem ninguém para substití-lo por mais de 30 dias.
4 - A não reposição de peças do time campeão brasileiro de 2009 que além de a época já estar envelhecido e ter perdido os destaques da campanha vitoriosa como Airton, Ewerton, Zé Roberto, Petckovic(que teria pouquíssimas chances de repetir as atuações do ano passado e sequer estreou este ano). Além de nosso ataque, o mesmo que todos sabiam que seria desfeito ao fim dos contratos dos titulares: Adriano e Wagner Love; E o goleiro Bruno, que não foi substituído à altura, tanto que já se falava em outro goleiro antes de jogos decisivos para a nossa permanência na primeira divisão como se isto fosse de uma hora para outra fazer o Lomba fechar o nosso gol.
5 - As contratações: estapafúrdias como as de Borja e Val Baiano; As astronomicamente caras e fora de hora como as de Deivid e Diogo que chegaram a duas horas do fim da janela de transferências vindo totalmente fora de forma física e técnica custando os olhos da cara; As questionáveis como a de Renato Abreu e Marquinhos; E ainda as inóquas como as de Corrêa, Michael e Jean. Essa política/falta de política tem revelado uma brutal falta de planejamento.
6 - Ainda sobre a falta de política voltada às contratações, não podemos deixar de lembrar dos fiascos das não-contratações de jogadores que se destacaram em outras equipes como Jobson, Éder Luiz, e o argentino Montillo que depois de ser oferecido ao Flamengo para suprir uma enorme deficiência do atual elenco que é a falta de um articulador de jogadas foi decisivo nas duas partidas em que o Flamengo foi derrotado para o Cruzeiro ajudando a nos tirar seis pontos diretos e isto sem contar os gols que ele fez contra outros times e o aumento na qualidade do futebol praticado pelo time mineiro. E estes três não foram os únicos não-contratados pelo flamengo este ano a se destacarem no campeonato.
7 - A utilização do maior ídolo da história do clube como escudo político para camuflar a incapacidade de lidar com a pressão que é dirigir um clube da magnitude do Flamengo demonstrou também uma falta de ambição e/ou visão.
8 - A heresia de deixar o sacro-santo nome do Sr. Artur Antunes Coimbra ser profanadao por um idiota na pele de conselheiro que atendia aos interesses de se sabe lá quem e que ao mesmo tempo parece ter agido sem o menor respeito à instituição ou aqueles que a dirigem e nada fizeram para tentar conter o bafafá e a onda de boatos acerca do nome de Zico e sua família.
9 - A campanha pífia do time rubro-negro no campeonato brasileiro, desempenho que atribuo a dois fatores: limitações técnica e física do elenco e moral baixo do mesmo gerado pelo clima de balbúrdia política instalado no clube.
10 - O "quase calote" anunciado pelo patrocinador master que parece não ter nem pestanejado em anunciar que simplesmente não pagaria o que deve e pronto sem ter sofrido a menor retaliação por parte dos dirigentes do clube que aceitaram um acordo muito do seu micho.
Então, vocês podem me perguntar: Não teve nada que esta diretoria fez este ano para ser lembrado positivamente?
E eu vos respondo: Sim! A campanha dos tijolinhos, que não pelo dinheiro que a mesma pode arrecadar, mas sim pela exibição de força da nossa torcida que em menos de duas semanas vendeu o equivalente a R$ 1.000.000,00. Mas se lembrarmarmos de que esta campanha poderia nem ser necessária caso o ítem 2 deste post fosse levado em consideração.
No mais ficam as perguntas: Devemos mesmo esquecer tantos vacilos no comando dos rumos do Mais Querido do Brasil? Se esquecermos e ao menos metade destes serem reeditados, teremos força ou sorte para evitarmos o pior? E não foi esquecendo anos como estes que vimos alguns rivais se igualarem e até nos superarem em conquistas, e foi acumulada uma das maiores dívidas do futebol brasileiro?
Que a Força esteja convosco!

Marcelo Rocha
Twitter: @marcelosdarocha